A infância não deveria ter preocupação, para todas as crianças. Nesta fase não se desenvolveu a capacidade de entendimento do mundo real, o controle da própria manutenção é proporcionado por terceiros e a responsabilidade pelos atos cometidos é minimizada. Somente na loucura se conquista novamente estas três condições. Infelizmente nem sempre a realidade corresponde aos desejos. Algumas crianças, muito cedo, perdem alguma destas características infantis, senão todas. E com isso deixam de ser crianças. Permanecem pequenos, porém não mais crianças. É que a perda destas condições compromete a fantasia infantil que, em essência, é o que diferencia a criança do adulto.
Ganhei muito com a imaginação na infância, minha ou dos que me cercavam. Nada de muito ficcional, elaborado ou futurista. A fantasia me proporcionou momentos simples e inesquecíveis: a pata que fumava, no mini-zoológico do Parque da Redenção; a catarata na boneca Floriana, que exigiu uma complexa cirurgia ocular; os encontros com o amigo imaginário (doutor Astarita) que obrigava o pai a abrir os braços e soltar o pequeno na cama mil e tantas vezes, sempre como uma novidade; a caçada ao leão em plena praça Maurício Cardoso; a venda de abacates e muitas outras estórias. Elas foram uma parte da realidade infantil que não esqueci. Talvez tenham deixado marcas profundas pois ainda viajo na fantasia. Mesmo agora, na vida adulta - ou um pouco mais dirão alguns – ainda me permito períodos de alucinação quase infantil. A minha parte criança ainda necessita de fatos próprios. Gosto da fantasia e procuro inseri-la no meu dia a dia, ainda. Não confundo com a mentira e nem me deixo levar pelos fatos imaginários. Mas me satisfaço quando ela aparece. É muito bem-vinda. E, com ela, crio novos momentos inesquecíveis.
Por isso, a todos,
Parabéns pelo dia das crianças!
Ganhei muito com a imaginação na infância, minha ou dos que me cercavam. Nada de muito ficcional, elaborado ou futurista. A fantasia me proporcionou momentos simples e inesquecíveis: a pata que fumava, no mini-zoológico do Parque da Redenção; a catarata na boneca Floriana, que exigiu uma complexa cirurgia ocular; os encontros com o amigo imaginário (doutor Astarita) que obrigava o pai a abrir os braços e soltar o pequeno na cama mil e tantas vezes, sempre como uma novidade; a caçada ao leão em plena praça Maurício Cardoso; a venda de abacates e muitas outras estórias. Elas foram uma parte da realidade infantil que não esqueci. Talvez tenham deixado marcas profundas pois ainda viajo na fantasia. Mesmo agora, na vida adulta - ou um pouco mais dirão alguns – ainda me permito períodos de alucinação quase infantil. A minha parte criança ainda necessita de fatos próprios. Gosto da fantasia e procuro inseri-la no meu dia a dia, ainda. Não confundo com a mentira e nem me deixo levar pelos fatos imaginários. Mas me satisfaço quando ela aparece. É muito bem-vinda. E, com ela, crio novos momentos inesquecíveis.
Por isso, a todos,
Parabéns pelo dia das crianças!
3 comentários:
muito obrigado pelos parabéns!
pra ti também!
também tenho minhas lembranças dessa época e quanto mais o tempo passa, mas elas são importantes.
carrinho de lomba,perna-de-pau...
campeonato de "cinco marias" e quem pescava mais lambaris no guaíba.
eu era craque na bolinha de gude e no patinete...
também não vou esquecer nunca o parque de diversões,com música de realejo e tudo e o "trem fantasma" e o mágico que "serrava" a cabeça de uma mulher vestida de odalisca.
durante aqueles minutos, tudo era absolutamente de verdade!
Acho que estou começando a entender o motivo das pessoas mais ve....digo, mais vividas, terem uma facilidade de criar fantasias e transportá-las para o real.
Eu também, quando era pequeno, a idade não importa – bem pequeno, mais grandinho ou adolescente – vivia fugindo para o imaginário. Na falta de recursos, sim porque a quantidade de brinquedos era limitada e eram muito caros, tínhamos de criar nossas estórias, nossos divertimentos. E tudo parecia ter muito mais graça e alegria.
Hoje em dia acho que todos nós conseguimos, às vezes só por breves momentos, colocar para fora a criatividade adquirida naquela idade. E como não existe comemoração por breves momentos – Feliz dia das crianças para todos nós!
que lindo!!! tbm tive uma infancia inesquecivel apesar de poucos recursos , mas de onde vim não tinha na epoca tanta importancia , era maravilhoso vender jabuticabas do mato , aquelas que entalam o ..., e depois comprar sorvetes , mamae da rua , bjo abraço aperto de mão, boca de forno, ou pasar as ferias ouvindo um certo ZE tocar violao embaixo da mangueira, era uma festa ,não tenho do que me queixar fui e to voltando a ser mtoooooo feliz , feliz dia p/ vcs tbm
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