domingo, 30 de março de 2008

Inveja de dona de casa?

Acordar de manhã e dar uma passada pelos locais preferidos de leitura. Não de notícias, mas de novidades dos amigos. Estive um pouco ausente por conta de tarefas menos nobres do que a participação blogueira. Alguns parados antes do fim de semana. Prometendo não sei bem o que. Em um encontro uma farta distribuição de prêmios. Mais adiante fachos de luz e lições para o uso adequado dos números, de uma forma bem menos burocrática. Outros com nostalgias antigas de além mar.

E...

Ora vejam, uma invejosa no ar.
Melhor dizendo, uma invejosa fazendo propaganda de outra.
E as duas babando e fazendo alarde do motivo desta inveja toda.

Tudo isso por uma simples dona de casa que deu certo. Bem certo, diga-se de passagem. A quantidade de dinheiro que a marca Martha Stewart gera é indescritível. Sem contar todos os lances de marketing que incluem até uma mal esclarecida relação com a justiça americana.

Mas a mensagem primordial desta admiração é que uma boa parte das mulheres tem um fatalismo social, cultural, étnico, genético ou sei lá de onde, que as impede de se afastar da missão – ser dona de casa. Diferente do determinismo biológico da maternidade que é indispensável para a continuidade da raça humana, o de ser dona de casa é uma escolha. Pelo menos nos dia de hoje.

E pelo visto uma escolha muito apreciada pelas mulheres.
Que o diga a dona Martha.

PS – este texto faz parte da trilogia dominical sobre donas de casa acesse aqui e aqui os outros dois episódios.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Dr. Sabe-tudo.

Aqueles que me conhecem bem sabem que uma das minhas qualidades, eu não vou dizer vantagem, pois algumas vezes pode ser uma grande desvantagem, é a boa memória. Tenho uma facilidade para lembrar fatos, situações e informações que a maioria das pessoas não guarda, voluntária ou involuntariamente.

Esta facilidade pode ser confundida com a síndrome do Sabe-tudo. Esta síndrome acomete pessoas com a necessidade de expor ao mundo que conhecem muitas coisas ou, praticamente, todas. Claramente não me incluo entre estas pessoas. Posso ter na memória uma grande série de informações, mas a melhor qualidade é saber que existem muitas, muitas, mas muitas outras sobre as quais eu não tenho o mínima idéia.

E a qualidade pode, rapidamente, se transformar em prazer. Nada mais estimulante do que ter curiosidade e descobrir novas informações. Reconhecer que existe um mundo inteiro para ser aprendido. Independente da utilidade da informação – sou um buscador compulsivo de informações. Dificilmente uma não me interessa.

Gosto de ser, como diz um grande amigo, um poço de cultura inútil. Com algumas nuances de utilidade. Sempre há utilidade num conhecimento. O processo de aprendizado e da busca de informações é fascinante. Ainda mais nos dias da web e companhia. Tenho certeza que, se na minha juventude, já existisse a internet eu teria ficado insuportável. Sim, amigos, eu ainda não atingi este patamar.

Porém sempre com a clara noção de que saber tudo, além de impossível, indesejável e improdutivo é tremendamente desestimulante. Fecho com aquele antigo amigo ateniense que dizia que sabia que nada sabia. Assim até os últimos momentos terei a oportunidade de aprender alguma novidade.

domingo, 23 de março de 2008

Saudade da Páscoa.

Muito se escreve sobre o significado religioso da Páscoa e o seu esquecimento nos dias de hoje. Sem desmerecer este aspecto importante da data devo declarar que tenho saudade daquela Páscoa infantil. Da época em que se acreditava numa figura mística de coelho, responsável por trazer lembranças na forma de chocolate.

De uma época em que o apelo comercial e econômico tinha menos importância e os meios de comunicação participavam da farsa das crianças. O valor não estava no tamanho ou na quantidade dos ovos. A simples tradição de encontrar um ninho, escondido pelo coelho preenchia a data. A alegria era conseqüência do mistério daquele animalzinho.

Hoje é quase impossível imaginar que as crianças acreditem em coelho da Páscoa. Com tantos heróis mais qualificados o pobre coelho perde longe esta parada. Ele não tem super-poderes, não se transforma em robô alienígena , não sofre transubstanciação quântica ou tele-transporte. Ele apenas fabrica e traz lembranças de chocolate.

Assim como eu, acho que este personagem esta ficando antiquado.

Boa Páscoa, para todos os amigos !

quarta-feira, 19 de março de 2008

Amizade.


Lendo hoje a mensagem da amiga Querubina sobre a árvore de amigos e da Adriana para amigos especiais, peguei-me refletindo sobre o que é a amizade. Um sentimento difícil de descrever. Talvez seja mais fácil perceber o que é um amigo – aqui vai a minha versão:

amigo é aquele que nos consola, independente das razões ou culpas pelas tristezas.

amigo é aquele que ri para nós, sempre, e de nós, quando é preciso.

amigo é aquele que nos estende a mão, quando o mundo nos dá as costas.

amigo é aquele que tem sempre as respostas, mesmo quando a gente não tem as perguntas.

amigo é aquele que para e pensa, até por nós.

amigo é aquele que ainda estava acordado, que não tinha programa e que achou bem agradável a amiga baranga da nossa namorada.

amigo é um dia de praia perfeito, mesmo quando no seu coração tremula a bandeira preta.

amigo é um lenço que enxuga as nossas lágrimas, sem transparecer o quão úmido estava.

amigo é a lenha que nos aquece, sem se importar que aquele calor venha do seu consumo.

amigo é a vidraça estilhaçada pela pedra, mas que ainda protege da chuva e do vento.

amigo é a sede e a fome de bem-querer saciadas de forma completamente egoísta, e correspondida como a panela de Pedro Malasartes, sempre pronta para servir mais.

amigo é um porto seguro, para onde levamos o nosso barco nos momentos de tormenta e de onde nos afastamos, em busca de novos amores em outros portos, sabendo que até o fim dos dias o farol estará sempre acesso naquele local.

amigo é a outra face de Cristo, sempre voluntária e pronta para retribuir com carinho a agressão gratuita.

amigo, é você.

terça-feira, 18 de março de 2008

A descoberta do eu interior.

A humanidade tem questões centrais que permanecem longos períodos sem esclarecimentos ou nunca tem solução. A questão estética exterior é uma delas. Ao longo dos tempos o padrão estético já sofreu mudanças bruscas e antagônicas. A beleza helênica, a beleza renascentista, a beleza impressionista e a beleza atual têm poucos pontos em comum, a não ser o estabelecimento de um padrão. Que em cada um dos momentos pode ser completamente distinto. O belo de hoje, não é o de ontem e pode não ser o de amanhã.

Por outro lado, a beleza interior é regida por padrões que não tiveram modificações substancias ao longo dos anos. As virtudes permanecem as mesmas há mais 1.500 anos. Ontem, hoje e sempre a retidão de caráter segue modelos bem definidos. O ser belo, interiormente, é mais constante ao longo da evolução da humanidade. Por isso é mais fácil ter um interior bonito do que um exterior. Com a vantagem de que o processo de envelhecimento não é acompanhado, obrigatoriamente, de uma modificação da beleza interior. Já a outra....

Todo este preâmbulo foi para tornar menos dolorosa a tarefa de trazer a público um questão delicada. Esta semana tive conhecimento de um fato estarrecedor. Eu tenho um amigo que é rosinha no seu interior. Sim amigos, no diminutivo. Pelo menos, foi desta maneira que a notícia chegou a mim, transmitida pela dedicada esposa. Realmente eu não estava preparado para esta revelação. Uma descoberta endoscópica. Não sei como deve estar a estabilidade do matrimônio, depois da divulgação deste fato. Rogo que eles tenham a serenidade para ultrapassar este momento difícil. Principalmente porque no caso em questão a beleza exterior não trará o consolo desejado.

PS: juntamente com a cor, ainda foi descoberta uma outra situação com potencial alarmante – ele é portador de uma fundoplicatura continente. Não deve ser fácil, não deve ser fácil....

sábado, 15 de março de 2008

Oportunidades.

As oportunidades não devem ser desprezadas. Sob pena de arrependimento. E como diziam os antigos sumérios, a vida é limitada por arrependimentos. Ao nascer cada um recebe uma cota de arrependimentos. Ao longo da vida eles são gastos. Ao atingir o limite retorna-se para o lugar de onde se veio. Desta forma, são os arrependimentos que comandam o nosso ciclo.

Por isso não perco a oportunidade de atender, publicamente, ao apelo que a Pitanga fez, no comentário do seu post de 14 de março. Sim conheço Cartola e a música “As rosas não falam”. Também não deixei passar a oportunidade de assistir ao próprio Cartola, nos idos de 70, no projeto Pixinguinha, apresentar a sua versão deste hino. Ao longo da vida tive outras oportunidades de assistir ou ouvir gravações excepcionais, com outros intérpretes.

Como homenagem ao velho mestre, comemora-se neste ano o centenário de nascimento de Cartola – em 11 de outubro, e à amiga Pitanga, deixo esta apresentação, garimpada no YouTube.

Com vocês, mestre Cartola e as rosas.

Dia de desafios.

Sábado, manhã chuvosa.
Dia ideal para colocar a casa em ordem e responder aos desafios. Primeiro o enviado pelas amigas do Três Marias e Suspiros Angelicais.

01- Que horas são?
10:30

02 - Nome?
Odilon

03 - Quantas velas pôs no seu último bolo de anos?
Uma só, mas devia ter posto muitas mais.

04 - Tatuagens?
Na minha época só os marinheiros se tatuavam.

05 - Piercings?
Imagina, velho e metalizado, vou parecer uma instalação.

06 - Já foi a AFRICA?
Não.

07 - Já ficou bêbedo(a)?
É impossível ficar bêbado sem beber álcool. Sou abstêmio.

08 - Já chorou por alguém?
Por, sim. Mais freqüente com.

09- Peixe ou carne?
Bem preparado, qualquer um.

10 - Praia ou campo?
Campo.

11 - Cerveja ou Champanhe?
Nenhum dos dois.

12 - Meio cheio ou Meio vazio?
Se for o copo, meio vazio. Se for o saco, meio cheio.

13- Música preferida?
Sem preferências.

14 - Filme preferido?
Sem preferências.

15 - CD preferido?
Qualquer um indicado pelo Musikal.

16 - Flores?
Bromélias.

17 - Vícios e manias?
Começo pelos vícios ou manias? Só para citar um ler dicionários.

18 - De quem recebeu este questionário?
De pessoas que eu gosto muito.

19 - Quais são os seus amigos que vivem mais longe?
Um casal de lapões.

20-Melhor amiga (o)?
Tenho de citar apenas um? Otávio.

21 - Deixa o telefone tocar muito ou pouco, antes de atender?
Depende. Às vezes nem atendo. Não sou ansioso por telefone.

22 - Mulher bonita?
Ava Gardner.

23-Homem Bonito?
Quando moço, eu mesmo.

24 - O pior sentimento do mundo?
O ódio.

25-O melhor sentimento do mundo?
O amor.

26-O que é que mais detesta?
A injustiça.

27 - Qual é o seu primeiro pensamento ao acordar?
Que maravilha, mais um dia!

28 - Uma coisa que não tira nunca?
O bigode.

29 - O que é que tem debaixo da cama?
Os monstros do meu inconsciente. Quase vazio e sem muito transtorno.

30 - Quem é que acha que vai responder a este desafio mais depressa?
Aquele que achar que deve.

31 - Quem é que talvez não lhe responda?
Todos os que não estiverem dispostos.

32 - Quem é que de certeza lhe vai responder?
Não posso prever, pois não vou escolher os seguidores.

33 - Quem é que gostava que lhe respondesse?


Em seguida o desafio colocado no Suspiros Angelicais e disponível para todos que não tivessem respondido.

Apanhe o livro mais próximo, vá até à página 18 e escreva a 4ª linha:
"...precisava ser renovado, reclamando o tempo inteiro dos preços extorsivos..."

Sem olhar, que horas são?
10:45

Depois de olhar?
10:48

Antes de responder a este questionário, que estavas a fazer?
Voltava do açougue.

Que barulho ouves para além do computador?
O silêncio da casa. Barulhos da rua ao longe.

Quando saíste pela última vez? Onde foste?
Pela manhã, ao açougue. Viagem? Argentina novembro 2007.

Esta noite sonhaste com alguma coisa?
Não lembro.

Quando soltaste uma boa gargalhada pela última vez?
Há menos de meia hora.

O que há nas paredes do local onde te encontras?
Armários.

Se ficasses milionária durante a noite, qual seria a primeira coisa que comprarias?
Passagens para Portugal.

Qual foi o último filme que viste?
Gilda.

Viste alguma coisa de estranho hoje?
Vale o espelho?

O que pensas deste questionário?
Nada.

Gostas de dançar?
Já gostei, muito.

Qual foi a última coisa que viste na televisão?
Acho que foi a entrega do Oscar.

Qual seria o nome da tua filha se tivesses uma?
Alessandra.

Qual seria o nome do teu filho se tivesses um?
Cristiano e Luis Otavio.

O que estás a usar?
Calça de moleton e camiseta.

Vais passar o questionário a quem?
A quem quiser responder.

quarta-feira, 12 de março de 2008

O Grande Irmão.

Não costumo acompanhar o BBB. Nenhuma das edições. Não tenho interesse. Sem aquele apelo erudito e polêmico de questionar a qualidade de uma programação de massa ou invocar justificativas culturais, me limito a desdenhá-lo. Mas não evito tomar conhecimento dos acontecimentos do programa.

Como a audiência é grande e ele suscita comentários em diversos grupos, fica impossível ignorá-lo. Então, mesmo sem querer, fica-se sabendo das baixarias, dos chiliques e dos gêneros dos participantes. Quanto às eliminações, estas não me interessam de fato. O meu lado Fidel, apreciador de paredões, é muito pouco vigoroso.

Agora, divertido mesmo é a eloqüência do seu apresentador. Está certa que não deve ser fácil a missão de animar calamidades. Sim, o que esta para acontecer nos paredões é quase uma decapitação. Por isso, imagino o dito desempenhando a função de apresentador dos espetáculos de guilhotinamento durante a primeira fase da Revolução Francesa. Melhor ainda se a decisão de quem fosse perder a cabeça estivesse a cargo do público, ao vivo, sem julgamento prévio. Considerem as graçinhas passíveis de elaboração pelo animador sobre os brioches da pobre Maria Antonieta.

Agora, tenham dó. Sem precisar apelar para a duplicidade de sentido das palavras proferidas, a verborragia da semana passada excedeu a capacidade escrotal de qualquer vivente. Afirmar que “vocês são indivíduos com toda a complexidade que isto implica. Cheio de incoerências, de contradições, de buracos negros, de supernovas”, na presença de concorrentes, declaradamente, apreciadores de determinados buracos escuros e de mocinhas que têm mais quilometragem que urubu de vôo, é dose.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Outros espaços.

Os mais observadores já devem ter notado que na barra lateral apareceram dois novos links, sob a denominação - meus outros espaços. Estes são os dois novos blogs criados no fim de semana.

Qual a função de separar os escritos em três blogs, ao invés de criar marcadores no mesmo blog? De qualquer das duas formas as pessoas interessadas saberiam onde encontrar o que lhes interessasse. Porém, com a diversidade de assuntos haveria diversos marcadores, até mesmo muito semelhantes.

Preferi criar dois novos espaços e tentar delimitar, definitivamente, uma espécie de linha editorial para cada um deles. O que não impede que cada um tenha a sua série de marcadores, para facilitar a localização dos temas. O objetivo desta atitude foi separar as diversas personalidades, que convivem pacificamente na versão Odilon-únicapessoa, mas que podem não transparecer uma harmonia tão efetiva, na versão Odilon-únicoblog.

O Guris, eu vi! permanecerá como o carro chefe para publicação de assuntos do dia-a-dia, desabafos, brincadeiras entre amigos e posts de resposta aos textos maravilhosos disponíveis nos espaços dos outros. O Uma parte da coisa terá um sentido mais dirigido para assuntos que merecem ser debatidos de uma forma mais diligente, sem obrigatoriamente perder o humor, mas com o respeito e a seriedade que os temas necessitarem. O Estava o velho no seu lugar... Bem, este vai ser uma ficção pura. Qualquer semelhança com fatos ou pessoais reais será apenas quando a vida resolver imitar a arte.

Por favor, não se sintam obrigados a lerem todos eles. Podem escolher aquele que tiver uma relação mais próxima com vocês. Tenho certeza que não vou me importar. Sempre haverá a possibilidade de eu anotar os nomes de vocês e colocar na minha lista negra do Juízo Final. Se ficar muito complicado para os leitores, podemos negociar uma solução mais conciliatória. Por enquanto espero que vocês gostem das novas versões e brindem com a sua presença e comentários.

Aproveitem, enquanto é tempo. No futuro pode ser que os medicamentos deixem de fazer efeito e que eu volte a misturar tudo.

sábado, 8 de março de 2008

Eu também tenho manias.

Acredito que alguns amigos vão pensar duas vezes antes de continuarem a ler o que eu escrevo. Outros vão entrar com pedido de interdição junto ao fórum João Mendes. Tudo isto apenas por um pequeno hábito, que eu refuto como salutar e informativo, mas que pode muito bem ser classificado de mania esdrúxula – ler dicionários.

Quando eu entro em um dicionário, para procurar alguma palavra sobre a qual tenho dúvida, dificilmente eu consigo terminar a pesquisa e voltar ao que estava fazendo. O chamamento das outras palavras é mais forte. Sempre tenho a sensação que elas estejam ali, sozinhas, perdidas, à espera de uma boa alma que as resgate para o convívio. Eu, simplesmente cumpro esta missão.

E, este ato proporciona o início de uma viagem encantadora, da qual eu não faço a mínima idéia aonde vai parar. Como um pássaro, de galho em galho, viajo pelos horizontes de termos regionais, de espécies de aves, de plantas e arbustos e me delicio com as peculiaridades de cada termo. Não vou dizer que aprendo muito porque a intenção ou o propósito não é este.

Apenas uma familiaridade com o mundo das palavras. A apresentação formal à esembéquia, vibrissa, ababá, curucaca, estrofantina, vibrância e brizomancia. A experiência de novas ações, como fatagear, transvasar, estrotejar, estrugir, paletear ou mesmo catingar. A descoberta de qualificativos de aplicação ampla e irrestrita, tal como estrobiláceo, catópode, faniqueiro, altívolo ou quem sabe aquele adjetivo que vocês devem estar indicando para o meu caso – maniáculo.

Nada como a erudição gratuita, a busca incessante pela cultura inútil.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Aniversariante.

Imaginem que este brotinho da foto está completando, hoje, 88 anos. Não fiquem brabos comigo por eu cometer esta indiscrição, pois tenho a permissão, da aniversariante, para publicar estes fatos. Mesmo porque nunca foi o forte dela esconder a idade.

Isso mesmo, vários anos bem vividos. Também com todas as alegrias que teve na vida. Como não vou escrever um livro sobre todas elas, então me limito as quatro grandes alegrias - conhecer o meu pai, o nascimento daqueles outros dois que vieram antes de mim e o encerramento com chave de ouro, o meu nascimento. Só estes fatos já seriam suficientes para fazê-la merecer todos os anos de vida.

Espero que sejam muitos mais. Tantos quantos eles quiserem – ela e Deus, pois a eles pertence a decisão. A nós apenas o prazer de ter desfrutado uma boa parte deste tempo. E do que ainda virá.

Milhares de beijos, neste seu dia.

Te amo muito, mãe!

terça-feira, 4 de março de 2008

Mapa comportamental – Roberto.


O Roberto em questão é o do Musikal. Não serve para qualquer Roberto.

O que dizer do comportamento de alguém como o Roberto? O simples fator idade já deveria colaborar para um bom comportamento, afinal ele é da época em que as pessoas aprendiam boas maneiras e etiqueta. Amigo pessoal de Marcelinho de Carvalho, Célia Ribeiro, Maria Augusta e Danusa Leão, não há como não se esperar um desempenho exemplar neste quesito. Aos fatos:

Elementos: Roberto, azul, salada mediterrânea com endívias frescas, margarida-amarela.

Comportamento interior: o peso do significado do nome e sua associação com glória e fama resultam numa busca pelo anonimato. Espírito inquieto associado à beleza e manifestação artística. A consciência da elevada capacidade, às vezes, bloqueia a determinação permitindo um domínio pela indolência, apatia e inércia. As qualidades interiores que mais se sobressaem são: intelectualidade, harmonia, jovialidade e liberdade.

Comportamento exterior: a cor azul, preponderante em tons claros como azul alice, azul areado e azul calcinha, rege o comportamento frio, duvidoso e descrente. De índole mansa transita entre os graus -1 a 2 da escala Chornès. As atitudes de beligerância são acompanhadas de aura prévia referida com afrouxamento do couro cabeludo. Nestas horas, sai de baixo! Apesar da associação nominal com brilho e fama prefere uma manifestação mais reservada com limitação a grupos não superiores a quatro. Introspectivo e recluso com tendência a virtualidade excessiva.

Sincronismo cósmico: caso raríssimo de vibrações oscilantes nas órbitas internas, de primeiro e segundo escalão, da nalcodata de Ossirium possibilitando interações com enxofre e ar. A alimentação rica em óleos hiper-polinsaturados produz elasticidade dérmica e reduz o risco de rugas. O órgão de conflito é o coração, tanto em termos fisiológicos como emocionais. A forte ascendência campestre das margaridas silvestres, bem como a inocência correspondente, proporciona uma predisposição artística com exacerbada noção de espaço, sem contrapartida em tempo. Sem inclinação especial para associação com nomes.

Alertas: o abuso de legumes fermentados, da cozinha mediterrânea, pode produzir dissociação de personalidade, normalmente em número ímpar. A contraposição cromática do binômio flor-cor sugere afinidade com habitantes da Suécia, Ucrânia e Cazaquistão. A escolha de flor e parte do sabor – endívias – do mesmo grupamento botânico, da família das Asteraceae, indica grandeza de espírito ou limitação de horizontes.

Mapa comportamental – Otavio.


O Otavio em questão é o do Chili-verde. Não serve para qualquer Otávio.

Realmente as pessoas são aquilo que escolhem. Menos o nome que herdam, nem sempre satisfeitos. Alguns recebem ou escolhem apelidos e por estes deveriam ser avaliados os comportamentos. Como o seu é um diminutivo do nome, considerarei o nome para efeito de análise. Não deve modificar muito, mas considere todas as afirmativas com intensidade diminuída, talvez façam mais sentido.

Elementos: Otavio, azul, bolo, begônia.

Comportamento interior: a expressividade do nome e a posição determinada pelo mesmo fazem com que não seja um dos primeiros nas atividades familiares. Extremamente auto-crítico desenvolve e guia-se por um sistema pessoal baseado na fidelidade, confiança e afeto. Desenvolvido em habilidades ligadas à racionalidade convive com uma inclinação natural para o ocultismo. As qualidades interiores são caracterizadas pelo desejo de paz e quietude, tranqüilidade e até mesmo solidão.

Comportamento exterior: a cor azul, dominante nos matizes escuros como azul naval, azul meia-noite e azul royal lavável, influencia o comportamento combinando situações conflitantes como dependência e liberdade. A índole beligerante, principalmente para seres inanimados e trânsito, comporta um grau 4 da escala Chornès, com direito a apelação ao autor para criação do grau 5. A associação nominal com bons conselhos e pacifismo explica a tendência a ser liberal, prestativo e triunfante. Péssimo cozinheiro, mas com subserviência e presteza suficientes para auxiliar nas tarefas alimentares.

Sincronismo cósmico: as vibrações ocorrem principalmente nas órbitas externas, de segundo escalão, da nalcodata de Ossirium determinando uma interação peculiar com ar e fogo. O que explica o uso freqüente da expressão – é fogo, meu! Suscetível a mal-estares indefinidos do trato intestinal, tais como empachamento e eructações espontâneas. A influência da natureza da begônia, planta ornamental com valorização de folhagens e flores, colabora para uma vaidade excessiva, contraposta pela austeridade e serenidade. Inclinação para associação com nomes de defensoras da humanidade e seguidores de Cristo.

Alertas: cuidado com o uso abusivo do azul nas fases de indolência e estagnação, pode ser prejudicial. A oposição de um dos significados do sabor – bolo – faz com que a confiabilidade em compromissos e horários de outras pessoas seja questionada. Tendo sido uma criança gulosa deve ter cautela com a alimentação rica em amido e derivados de sacarose. Monitore o IMC de perto.

Mapa comportamental – Ana.


A Ana em questão é a do Encosta do Mar. Não serve para qualquer Ana.

A poesia aproxima as pessoas do seu interior e transparece o comportamento. Mas mesmo assim as outras escolhas ainda são determinantes importantes. Por isso, as revelações contidas nesta página devem ser úteis. Se o forem, espalha aos quatro ventos. Se não o forem, guarda para ti e me recrimina, em tuas orações.

Elementos: Ana, azul, chocolate, amor-perfeito.

Comportamento interior: a expressividade do nome e o significado da plenitude de graça conferem a você uma ambigüidade interior. Alternando a graça de alegria e graça de dádiva expõe aspectos de circunspecção e altivez, mesclados com uma jovialidade quase infantil. As letras são uma espécie de catarse pessoal. As qualidades interiores que mais se sobressaem são: intelectualidade, afeto e espiritualidade.

Comportamento exterior: a cor azul, preponderante em tons intermediários como azul aço, azul camarada e azul profundo, rege esta parte do comportamento reunindo harmonia, liberdade e uma aura de vivacidade que confere clareza de expressão. De índole pacificadora situa-se no grau -3 da escala Chornès. A associação nominal com compaixão e clemência induz feminilidade e serenidade especiais. Introspectiva sem ser eremita, necessita de períodos de aglomeração de pessoas.

Sincronismo cósmico: as vibrações ocorrem principalmente nas órbitas internas, de primeiro escalão, da nalcodata de Ossirium possibilitando interações com terra e água. Suscetível a inflamações de garganta e cordas vocais, comprometendo a carreira de vocalista ou mesmo o êxito em simples karaokês. A influência da ascendência em amor-perfeito delimita um pensamento, ao mesmo tempo, lógico e mágico com habilidade e profundidade de espírito e predispõe a busca de luminosidade e sol. Inclinação para associação com nomes de estatura baixa e servidores de Marte.

Alertas: cuidado com as melancolias das noites de lua cheia e o abuso de chocolates brancos. A relação com a latinidade, induzida pelas escolhas de sabor, faz com que a viagem ao país de língua espanhola seja um sucesso. A preferência por chocolate em pasta ou bebida pode modificar a escolha e desempenho na área profissional já que a fluidez determina sucesso em áreas humanas e o concreto facilita o desempenho em áreas exatas.

Mais um presente.


Recebi este presente das amigas Adriana e Querubina, que além do presente gentilmente publicou a história da pequena luz, no seu blog.

Agradeço pela gentileza e carinho e sigo o ritual, exceto na continuidade, pois sou limitado em amigos que não receberam o presente.

1. Este prêmio deverá ser atribuído aos blogs que considera bons e aqueles que costuma visitar regularmente e deixa comentários;

2. Quando o prêmio é recebido deverá fazer um post indicando a pessoa que lhe atribuiu o prêmio e a respectiva ligação ao blog;

3. Indicar 7 blogs para atribuição do prêmio (pulo este);

4. Deverá ser exibido orgulhosamente o selo do prêmio, de preferência com ligação ao local onde é falado dele.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Desafio dos dez títulos.

Nas minhas andanças entre os blogs de amigos dos amigos de novos amigos encontrei um desafio antigo, mas muito interessante. Como o próprio postante não determinou os escolhidos para a continuidade, deduzo que se tornou público. Referindo o crédito e sem fazer mau uso, sigo a mesma instrução – fazer um texto com os títulos dos últimos dez posts:


“Ora vejam, que belo Desafio!
Usar as próprias palavras numa nova edição. Retornar, numa espécie de Túnel do tempo, e formar algo inteligível apenas com as manchetes dos textos anteriores. Procurar um sentido nas palavras, frases e sentenças criadas para terem vida isoladamente.

Então a dúvida me assalta. Terei condições? A tarefa será árdua, algo como recriar Provérbios, mas sem mudar-lhes o sentido. Fazer uma salada com o Mapa comportamental – Adriana e As aventuras de Maria Rosa sem misturar o comportamento da Maria Rosa com as aventuras da amiga Adriana. Cada macaco no seu galho. O conteúdo não precisa ser mesclado. Só os títulos.

Mesmo a simples aproximação dos títulos não é fácil, estes são como nomes que determinam comportamentos. No momento em que resolvo escrever sobre cães e gatos abdico de Sobre nomes, flores, sabores e cores. Fico só com os animais. Da mesma forma quando escolho dar continuidade às noVelas: além do arrumando a mesa, e de outros debates regionalistas.

Desafios não são sempre para serem vencidos, são apenas para darmos o máximo para conseguir vencê-los. Este compromisso eu tenho.

Se falhar, comprometo irreversivelmente a confiança que os leitores depositam em mim. Como consolo, espero que a separação seja nobre e majestosa. Com um Adiós, Comandante! pungente e sincero, como uma despedida solene faz por merecer.

Mas se o texto sair a contento, exigirei todos os louros de direito – Comemoração do Musikal, elogios do Chili-verde, presentinhos do Três Marias, comentários do aquém e do ultramar e, quem sabe, até o retorno da Chrises, que anda um pouco sumida daqui.

Sem dúvida vai ser um Dia muito especial.”

Escolho para continuarem o desafio os amigos do Três Marias, Chrises, Chili-verde e Pitanga Doce. Se assim o quiserem

domingo, 2 de março de 2008

Mapa comportamental - Adriana.



A Adriana em questão é a do Três Marias. Não serve para qualquer Adriana.

Espero que esteja preparada. As revelações serão muito boas, mas profundas. Podem modificar algumas atitudes suas. O reconhecimento do verdadeiro comportamento induz a um encontro indescritivelmente produtivo com as suas raízes interiores.

Elementos: Adriana, azul, arroz com batata frita, lírio.

Comportamento interior: a carga do nome produz em você uma sensação interior de realização e plenitude, mesmo quando não esta bem alimentada. A origem adriática contribui para uma ligação especial com o mar e a sua infinitude e profundidade, que determina uma crença em ocorrências sobrenaturais. Ás vezes ingênua vale-se da organização pessoal para transpor barreiras de relacionamento. Péssima cozinheira, mas teimosa em publicar receitas. Plena de qualidades interiores como paz, serenidade, confiança, fidelidade que, entretanto, se contrapõem ao conservadorismo, austeridade e monotonia.

Comportamento exterior: nota-se um claro determinismo da cor azul, apesar de não ter indicado o tom depreende-se a preferência por matizes claros – azul celeste, azul flor de milho e azul pólvora. Deste último provém o temperamento explosivo exterior, nem sempre acompanhado de satisfação pelos atos praticados, demonstrando um comportamento beligerante de grau 2 na escala Chornès. A relação nominal com morenice e o paladar acre-salgado manifestam-se numa exterioridade mesclada de estilos. Mistura de Pixinguinha com Mozart faz com que a cor do pecado seja pincelada com a frigidez erudita. Ama a roça e se comporta como uma boa interiorana.

Sincronismo cósmico: as vibrações ocorrem principalmente nas órbitas externas da nalcodata de Ossirium permitindo interações com fogo e carne. O que já dá um bom churrasco. Suscetível aos transtornos intestinais e erupções erisipelóides. Forte influência da ascendência em lírio com preponderância da pureza e majestade. Inclinação pela busca de associação com nomes fortes como agraciado por Deus e Senhora soberana. A escolha da rosa champagne não modifica o sincronismo.

Alertas: foi impossível realizar o cruzamento das outras características com a alimentação, mas ficou patente a falta de associação com leveza. Tenha dó – arroz e batata frita? A preponderância de carbohidrato e gordura bloqueou a elevação anímica para as considerações finais. Agora, como endocrinologista, um conselho - muda a dieta, senão aquele apelido vai pegar.

Desafio.

A Adriana do Três Marias, fez um desafio de responder as perguntas abaixo:

Se eu fosse um mês seria... maio
Se eu fosse um dia da semana seria... domingo
Se eu fosse um número seria... 19
Se eu fosse um planeta seria... Júpiter
Se eu fosse uma direção seria... norte
Se eu fosse um móvel seria... genuflexório
Se eu fosse um liquido seria... água
Se eu fosse um pecado seria... cobiça
Se eu fosse uma pedra seria... seixo
Se eu fosse um metal seria... cobre
Se eu fosse uma árvore seria... sândalo
Se eu fosse uma fruta seria... banana
Se eu fosse uma flor seria... agapanto
Se eu fosse um clima seria... temperado
Se eu fosse um instrumento musical seria... violino
Se eu fosse um elemento seria... fogo
Se eu fosse uma cor seria... amarelo
Se eu fosse um animal seria um... cachorro
Se eu fosse um som seria... riso
Se eu fosse uma letra de música seria... Canção da América
Se eu fosse uma canção seria... lied alemão
Se eu fosse um estilo de musica seria... tango
Se eu fosse um perfume seria... deep Davidoff
Se eu fosse um sentimento seria... dedicação
Se eu fosse um livro seria… O Capital
Se eu fosse uma comida seria… um pão
Se eu fosse um lugar (cidade) seria ... Paris
Se eu fosse um gosto seria... ácido
Se eu fosse um cheiro seria… café passado na hora
Se eu fosse uma palavra seria… sucesso
Se eu fosse um verbo seria… amar
Se eu fosse um objeto seria…. lápis
Se eu fosse uma roupa seria… calcinha
Se eu fosse uma parte do corpo seria… olhos
Se eu fosse uma expressão seria… exclamação
Se eu fosse um desenho animado seria… Pernalonga
Se eu fosse um filme seria… Candelabro Italiano
Se eu fosse forma seria… esfera
Se eu fosse uma estação seria… primavera
Se eu fosse uma frase seria... “o sucesso depende mais das atitudes do que das aptidões”

Por verdadeira falta de pessoas para continuarem, não cumpro a parte do final do contrato.

sábado, 1 de março de 2008

Sobre nomes, flores, sabores e cores.


Eu sempre tive um componente pragmático exacerbado. O que não me impede de reconhecer o valor da subjetividade. Em determinadas circunstâncias a importância pode estar na interpretação do fato, e não no fato em si. É bastante salutar imaginar a existência de diferentes explicações para os acontecimentos e que as vivências, experiências, desejos, mitos e crenças modifiquem as formas de perceber o mundo.

Como estudioso das manifestações vivencias da humanidade desenvolvi, ao longo dos anos, um aguçado método de observação da origem dos determinantes comportamentais, que me permitiram a seguinte conclusão - nós somos, objetivamente, um reflexo direto de nomes, flores, sabores e cores.

Exatamente isto que vocês leram. Algo como uma circunstancialização restritiva de Ortega y Gasset – eu sou eu e a minha circunstância, agora em nomes, flores, sabores e cores. A combinação das relações e escolhas destes quatro itens determina a índole e o comportamento das pessoas.

Depois de tantos anos de estudo, é chegado o momento de permitir ao grande público o usufruto dos benefícios deste sistema. Espero que a humanidade esteja preparada para tal. Não pretendo terminar meus dias na fogueira ou ajoelhado diante de um papa, suplicando perdão e renegando as minhas convicções.

Como exercício inicial, antes de ganhar espaço em mídias mais poderosas, eu me disponho a fazer demonstrações da utilidade do sistema, interpretando, aqui neste blog, o comportamento de todos aqueles que desejarem. Para tal basta enviar, por comentário, as seguintes informações: seu nome, juntamente com a comida, cor e flor prediletas. Como as respostas serão por meio de posts, necessito também um termo de consentimento de divulgação pública.

Aguardo os consulentes. Para evitar surpresas solicito que apenas aqueles que estiverem preparados para reconhecer a verdadeira face dos seus comportamentos, utilizem o sistema. Ele é muito poderoso em revelações. Acautelai-vos.

A sorte está lançada.