quinta-feira, 19 de março de 2009

O anúncio.

Realmente o anúncio causou-me estranheza. Ou não seria um anúncio? Da forma com que aparecia, levava todo o jeito de anúncio. E, diga-se de passagem, um anúncio bem estranho. De início pensei que era pela redação. Afinal, um anúncio de meia linha devia ter chances mínimas de sucesso. A não ser que chamasse atenção pelo conteúdo e não pela forma.

Ah, e esse anúncio – vamos dizer assim – tinha um conteúdo deveras incomum. Pelo menos para os padrões do momento. Não chegava a ser algo extraordinário, mas a esquisitice era inquestionável. Acho mesmo que o contraste entre a falta de rodeios do enunciado e a finalidade da mensagem contribuía para o espanto causado. De certo modo o tornava quase misterioso.

A elegância da atitude e a franqueza, claramente expressas em texto tão conciso, despertavam a sensação incômoda e o desejo de que, apesar da necessidade, o anúncio não atingisse o seu intento. Torço para que poucas pessoas vejam o anúncio e se interessem por ele. E que o anunciante venha a se arrepender no futuro, não repetindo o ato.

Sem dúvida o anúncio me impressionou.

terça-feira, 17 de março de 2009

Primeiro dia de aula.

Aos que esperavam, ansiosamente, por notícias aí vai...

Primeiro dia de aula, um sucesso!

Não chorei. Não foi preciso nenhum acompanhante ficar de tocaia, espiando e esperando pela fraqueza ou ameaça de desistência. Interagi com os colegas e socializei. Dentro de limites não reparei muito a didática dos professores – talvez um pouco, mentalmente. Verbalmente, um túmulo. Nem sob tortura confesso as minhas impressões sobre os fatos.

Aceitei serenamente que alguns colegas não estejam preparados para a jornada. Talvez, em algum momento seja indispensável avisá-los disto, mas por enquanto todos estamos no mesmo barco. Em conveses diferentes. Ainda é cedo para fazer algum um juízo de mérito. Continuo muito estimulado, o que é sintomático. Valeu...

sexta-feira, 13 de março de 2009

Volta às aulas!

Por favor, não pensem que este é um post atrasado. Que estava guardado desde o início de fevereiro ou março e, por razões desconhecidas, resolveu aparecer só agora. Ele é novinho em folha, ou tinindo de novo – como se dizia no meu tempo de moço. de novo - como dizia no meu tempo de moço. E não se trata de um texto genérico sobre o retorno de alguns, indefinidos e inominados, às aulas, depois de umas férias de final de ano.

O buraco é mais em baixo. Quem retorna às aulas sou eu. Calma, não permaneçam boquiabertos, esperem a taquicardia passar, afastem o espanto e contenham a perplexidade. Sim, o mestre volta às aulas. Agora na versão aluno. Depois de, praticamente uma eternidade, voltarei a compartilhar, com colegas, dos bancos escolares.

Vou fazer parte da 6ª turma de Jornalismo Científico do Labjor (Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade da UNICAMP) em parceria com o Departamento de Política Científica e Tecnológica, do Instituto de Geociências, e com o Departamento de Multimeios, do Instituto de Artes.

Começo na segunda-feira.

Agora, vocês devem estar perguntando – o que ele vai fazer lá?

A resposta é simples – vou aprender. Vou ouvir muito, refletir bastante e aproveitar o máximo possível das novidades que surgirem. Assim como o curso tem os seus objetivos, eu tenho os meus. E vamos coincidir, tenho certeza. É impressionantemente fascinante esta busca pelo desconhecido. O saboreio da ignorância e o vislumbre de agregar novos conceitos, valores e habilidades. Já deu para notar que eu estou muito confiante.

Receios? Poucos. Talvez o mais significativo seja a dúvida em relação ao comportamento. Depois de tanto tempo na posição inversa e com a convicção de desempenhar o papel de forma satisfatório – como se enquadrar e atuar na nova função?

Deve o rei abrir mão da majestade?

Não sei. O tempo dirá. Os próximos capítulos dirão.

Aguardem.