sábado, 3 de novembro de 2007

Outro segredo.

Para alguns amigos mais chegados nem será uma revelação bombástica. A terra continuará a girar em torno do sol. Permanecerão as estações do ano, os dias e as noites. A estabilidade cósmica não mudará.

Por uma questão de suiçofilia exagerada, da minha mãe, sempre usamos Nescafé em casa. O termo sempre está bem aplicado, pois conforme a informação disponível no portal da Nestlé, este produto é anterior a mim.

1953
Lançamento da marca Nescafé no Brasil, em grande evento no Salão de Chá do Mappin Stores, a tradicional e elegante loja inglesa de departamentos do Centro de São Paulo.


Desta forma, minha infância não foi acompanhada de cheirinho de café passado. Raramente alguém tomava café preto. E o café com leite era preparado na hora. A praticidade dos fabricantes de relógio. O café instantâneo.

Esta peculiaridade familiar, aliada ao fato de não haver plantação de café no Rio Grande do Sul contribuiu para que, semelhante às crianças que não conhecem galinhas ou vacas, a minha imagem mental de um pé de café fosse muito parecida com a ilustração deste post.

Só a título de curiosidade, quando nasci a Moça, do leite condensado, já não fazia jus ao nome - era balzaquiana. Seu lançamento foi em 1921.


PS – este post faz parte da série, inspirada em Hollywood, onze segredos e um homem. Acho que a distribuição numérica era diferente.

Um comentário:

roberto bezzerra disse...

lembro-me bem destas latas quando foram lançadas...
a gente se sentia bem americanos, bem modernos e bem práticos por tomar um café tão "rápido" sem coadores de pano - sim, pois ainda não existiam os filtros de papel.
o sabor até nem era o mais importante,pois o grande apelo era a praticidade...