sábado, 26 de janeiro de 2008

Poema de um amigo.

Mar ó meu mar

As minhas lágrimas te completam,
salgadas como as tuas águas
e infinitas como o teu corpo.

A ti lanço as minhas culpas,
que retornam no movimento das ondas,
como oferendas lúgubres.

Traído sou com o que és
constante e repulsivo em tuas marés,
aquieta-te, como o meu coração cansado.

Samuel Dench, 1963

2 comentários:

Adriana disse...

Como eu gosto de poesia,fiquei encantada com esta ,primeiro que fala do mar e depois por ter colocado uma homenagem a um amigo.Atitude digna de um anjo.Não fique convencido achando que os anjos são apenas seres halados,divinais,os anjos humamos são aqueles capazes de atitudes de postar coisas como esta,viu?

Otávio disse...

Samuel Dench, interessante o amigo, não sei onde eu já ouvi este nome. O nome é visivelmente anglo-saxão, mas acho que também tem alguma coisa a ver com a Galícia. Linda a poesia.