domingo, 27 de janeiro de 2008

As tardes de domingo.

As tardes de domingo tem um que de melancolia que encanta ou entristece. A mim encanta. A depressão do recomeço da semana passa bem longe.

A mim encanta o aproveitamento desta languidez do final do fim-de-semana. Encantam-me os sóis se pondo invariavelmente de forma diferente dos outros dias. Lembrando um adormecer extenuado. Pela missão de colorir o dia de tantos. Ele não se põe, se esgota suavemente. Finda. Como a criança que capota após uma jornada de travessuras.

A mim encanta a sensação involuntária ou o desejo intencional de não fazer nada. Aproveitar a passagem do tempo sem uma missão. Passar junto. Simplesmente estar, sem ter de funcionar. Objetos funcionam, pessoas vivem. Sem a obrigatoriedade de qualquer atividade. Ou de todas as atividades. Neste instante sublime o tudo e o nada são possíveis. Se não quero ler, escuto. Se não quero caminhar, penso. Exerço a liberdade de escolher o que não existe. E aproveito o fato.

A mim encanta saber que, independente de vontade ou decisão, dentro de poucos dias haverá um novo momento destes. Encantadoramente melancólico.

2 comentários:

roberto bezzerra disse...

Também gosto destas tardes sim. Além das coisas q tu falaste, mais um café, um bolo, um cochilar, uma música que não ouvia fazia tempo....

Adriana disse...

Olha! juntando voce e o Roberto dá vontade que todo dia seja dia de domingo