A língua portuguesa é muito bonita, mas difícil. A conjugação verbal, as concordâncias pronominais e conjuncionais e, mesmo a gramática e a sintaxe dão um baile. Por isso, no dia a dia das conversas ou das escrevinhações nos bolgs cometemos diversos erros de português. Por sorte nenhum dos amigos dá muita importância para este fato. De acordo com o que o amigo Otávio escreveu para a Adriana, do Três Marias – o que vale é um conteúdo interessante. Quero deixar claro que este lero-lero não tem nada a ver com a confissão pública da amiga Adriana, é apenas um preâmbulo para um assunto intrigante.
Em muitas situações aquilo a que chamamos de erro de linguagem passa a fazer parte da coloquialidade de fala de uma região ou mesmo do Brasil todo, criando um novo dialeto. Isso ocorre por força da influência dos meios de comunicação. São incontáveis os linguajares característicos de personagens de novela, do esporte ou mesmo da política que, em determinadas circunstâncias, assumem um lugar de destaque na fala coloquial.
O malhor pobrema é quando os termos passam a fazer parte da linguagem popular e ninguém mais consegue acorrigir.
Como naquela estória da cabelereira que ganhou uma cauxinha de musga com balerina e tudo, numa festa beneficiente da ingreja. Parecia que a marvada da farta de sorte tinha ido simbora. Ainda mais agora que não tinha de vorta pra vidinha normau. Não mais passa as camisa beige do marido, guarda as carça no almario. Enfim cuidar de tudo. Aquele traste era que nem que o sogro, escarrado e guspido. Alto, forte, bonitão e com as espaudas largas, mas não valia nada. Por fora bela viola por dentro pão boloroso. E ainda tinha uns pobrema de neuvos e uma lesão no celebro. Uma vez quis bate nela com o reio. Ela fechou os zoio e partiu para cima dele, amarrando o dito com um baubante forte. Depois veio o precalço da separaçã.
De bão tinha sobrado a bebezinha. Só dava trabaio pra lavar as flaldas e guardar na parteleira. O resto era só alegria. Ela sonhava que a filha, quando crescesse, desse pra fleira. Não queria o mesmo destino dela pra pobre menina. Chega ela de disvorciada, na família. E queria dar instudo pra nenê. Da pra ela uma boa distrução. Nada de ficar fazendo faixina, como uma mindinga... se esfalfando para lavar os vrido da taulete das patroa. E, ainda tendo que guardar toda a roupa nos gabide.
Um dia ela ainda ia meter os pé pelas mão, alevantar os fundo de garantia e se mudar pruma outra cidade. Quem sabe até no sul. Sabia que ia ter saudade das pralhas e ondias do mar, mas era mior fugir e ter uma nova vida. Queria ser cozinheira, sabia discor umas douze receitas principalmente com mindoim. Rapadura e pé-de-moleque eram seu forte. Tinha umas mão de ouro pra bolo, eles ficavam bem molzinhos, podia até vender pras doceria dos shoper center. Mas não queria ter loja de rua, perferia atender só por telefone ou i-meio. Desde que o numaro do teufone fosse fácil ia chover clienta.
E ansim ela ia sonhando.
Em muitas situações aquilo a que chamamos de erro de linguagem passa a fazer parte da coloquialidade de fala de uma região ou mesmo do Brasil todo, criando um novo dialeto. Isso ocorre por força da influência dos meios de comunicação. São incontáveis os linguajares característicos de personagens de novela, do esporte ou mesmo da política que, em determinadas circunstâncias, assumem um lugar de destaque na fala coloquial.
O malhor pobrema é quando os termos passam a fazer parte da linguagem popular e ninguém mais consegue acorrigir.
Como naquela estória da cabelereira que ganhou uma cauxinha de musga com balerina e tudo, numa festa beneficiente da ingreja. Parecia que a marvada da farta de sorte tinha ido simbora. Ainda mais agora que não tinha de vorta pra vidinha normau. Não mais passa as camisa beige do marido, guarda as carça no almario. Enfim cuidar de tudo. Aquele traste era que nem que o sogro, escarrado e guspido. Alto, forte, bonitão e com as espaudas largas, mas não valia nada. Por fora bela viola por dentro pão boloroso. E ainda tinha uns pobrema de neuvos e uma lesão no celebro. Uma vez quis bate nela com o reio. Ela fechou os zoio e partiu para cima dele, amarrando o dito com um baubante forte. Depois veio o precalço da separaçã.
De bão tinha sobrado a bebezinha. Só dava trabaio pra lavar as flaldas e guardar na parteleira. O resto era só alegria. Ela sonhava que a filha, quando crescesse, desse pra fleira. Não queria o mesmo destino dela pra pobre menina. Chega ela de disvorciada, na família. E queria dar instudo pra nenê. Da pra ela uma boa distrução. Nada de ficar fazendo faixina, como uma mindinga... se esfalfando para lavar os vrido da taulete das patroa. E, ainda tendo que guardar toda a roupa nos gabide.
Um dia ela ainda ia meter os pé pelas mão, alevantar os fundo de garantia e se mudar pruma outra cidade. Quem sabe até no sul. Sabia que ia ter saudade das pralhas e ondias do mar, mas era mior fugir e ter uma nova vida. Queria ser cozinheira, sabia discor umas douze receitas principalmente com mindoim. Rapadura e pé-de-moleque eram seu forte. Tinha umas mão de ouro pra bolo, eles ficavam bem molzinhos, podia até vender pras doceria dos shoper center. Mas não queria ter loja de rua, perferia atender só por telefone ou i-meio. Desde que o numaro do teufone fosse fácil ia chover clienta.
E ansim ela ia sonhando.
2 comentários:
A evolução da língua portuguesa,desde vossa mercê até terminar no cê,passaram alguns anos.
O duro de ouvir,aliás o que mais me fere na audição,o nobre colega lembrou bem:oS pé,é publicamente conhecido como"eu tenho horroorrrrr!!!!!,porém não vi na sua descrição linguística o grave e não menos horrível MENAS COISAS..
Não é duro ouvir isto??Que tal comentar da próxima a CHAPA DOS PEITO,ELÉTRICO DO CORAÇÃO E RAOUX
Será que existe um compêndio ou alguma coisa parecida, relacionando vícios assim?
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