Aproveitando a oportunidade de esclarecimentos aos leitores sobre um termo em holandês recorri a uma obra, com certeza desconhecida do grande público brasileiro, mas que teve estrondoso sucesso, a partir da década de oitenta, na Europa. O nome da autora é Til Brugkuserman e a obra em questão - Wie mijn appel korf verkoopt?
Se não me falha a memória, trata-se do seu terceiro livro - com teor fortemente autobiográfico. Apesar de cansativo, no princípio, pelas longas descrições de paisagens do interior da Holanda o enredo cresce ao longo das páginas culminando num final eletrizante. A história de Anneke e a sua luta para ser reconhecida como grande pianista, apesar de ser uma das vítimas da talidomida, traduz-se em momentos de magia e envolvimento pleno. Como escrevi no comentário do post de ontem, uma lição de vida!
O título da obra refere-se a uma lenda medieval batava em que as dificuldades da vida são simbolizadas pelo roubo de um cesto de maçãs, a única forma de subsistência da pequena Doortje. Esta lenda foi, inclusive, musicada por Gert Lüfgren. Para os amantes da música existe uma gravação extraordinária de Brund van der Bratt, ao vivo no 5º Festival Folclórico de Lelystad, lançada pelo selo Pinzl, em 1976. Parodiando o amigo Roberto, a emoção com precisão cirúrgica.
Acabei falando do milagre e esquecendo o santo. A biografia de Til já rendeu este livro e, provavelmente, muitos outros virão. Imaginem os obstáculos transpostos por uma negra, deficiente visual até tornar-se uma escritora de sucesso na Holanda. Nascida Marike Kern, filha de um sapateiro alemão e de uma bailarina espanhola, foi abandonada pela mãe quando tinha dois anos. Criada por uma tia paterna, Tilde, o seu pseudônimo adota parte do nome desta a quem ela considera sua verdadeira mãe, complementado pela junção dos sobrenomes de duas autoras de histórias infantis, do século passado – Marie Burg e Signe Kuserman.
Trabalhou como free-lancer em diversas publicações holandesas antes de dedicar-se integralmente a literatura. O primeiro livro - Hier ben ik – foi publicado apenas aos trinta anos. Nesta época já estava casada com Filippus van Turen, fundador do grupo empresarial Aan de wind, que tornou-se seu editor. Esta novela foi traduzida para diversos idiomas, com êxito notável de público.
A segunda obra, o romance religioso Vraag om God, publicada logo após o nascimento da sua segunda filha, Lisjbeth, também foi um sucesso de venda não obstante ter recebido uma crítica severa por parte do mundo literário europeu. Atualmente, Til reside na Antuérpia onde prepara o lançamento da primeira parte da trilogia Vent est, ainda sem título definitivo. Em entrevista ao semanário Flandresnews, a escritora referiu estar um pouco apreensiva com o livro, por tratar-se da sua primeira publicação originalmente escrita em francês.
Independentemente dos temores de Til Brugkuserman, temos certeza que a obra será um sucesso. Vamos aguardar 24 de fevereiro.
Se não me falha a memória, trata-se do seu terceiro livro - com teor fortemente autobiográfico. Apesar de cansativo, no princípio, pelas longas descrições de paisagens do interior da Holanda o enredo cresce ao longo das páginas culminando num final eletrizante. A história de Anneke e a sua luta para ser reconhecida como grande pianista, apesar de ser uma das vítimas da talidomida, traduz-se em momentos de magia e envolvimento pleno. Como escrevi no comentário do post de ontem, uma lição de vida!
O título da obra refere-se a uma lenda medieval batava em que as dificuldades da vida são simbolizadas pelo roubo de um cesto de maçãs, a única forma de subsistência da pequena Doortje. Esta lenda foi, inclusive, musicada por Gert Lüfgren. Para os amantes da música existe uma gravação extraordinária de Brund van der Bratt, ao vivo no 5º Festival Folclórico de Lelystad, lançada pelo selo Pinzl, em 1976. Parodiando o amigo Roberto, a emoção com precisão cirúrgica.
Acabei falando do milagre e esquecendo o santo. A biografia de Til já rendeu este livro e, provavelmente, muitos outros virão. Imaginem os obstáculos transpostos por uma negra, deficiente visual até tornar-se uma escritora de sucesso na Holanda. Nascida Marike Kern, filha de um sapateiro alemão e de uma bailarina espanhola, foi abandonada pela mãe quando tinha dois anos. Criada por uma tia paterna, Tilde, o seu pseudônimo adota parte do nome desta a quem ela considera sua verdadeira mãe, complementado pela junção dos sobrenomes de duas autoras de histórias infantis, do século passado – Marie Burg e Signe Kuserman.
Trabalhou como free-lancer em diversas publicações holandesas antes de dedicar-se integralmente a literatura. O primeiro livro - Hier ben ik – foi publicado apenas aos trinta anos. Nesta época já estava casada com Filippus van Turen, fundador do grupo empresarial Aan de wind, que tornou-se seu editor. Esta novela foi traduzida para diversos idiomas, com êxito notável de público.
A segunda obra, o romance religioso Vraag om God, publicada logo após o nascimento da sua segunda filha, Lisjbeth, também foi um sucesso de venda não obstante ter recebido uma crítica severa por parte do mundo literário europeu. Atualmente, Til reside na Antuérpia onde prepara o lançamento da primeira parte da trilogia Vent est, ainda sem título definitivo. Em entrevista ao semanário Flandresnews, a escritora referiu estar um pouco apreensiva com o livro, por tratar-se da sua primeira publicação originalmente escrita em francês.
Independentemente dos temores de Til Brugkuserman, temos certeza que a obra será um sucesso. Vamos aguardar 24 de fevereiro.
6 comentários:
Definitivamente você é um Obelix de umas poções beeeem carpichadas. Um Odelix, eu diria!!! ;-)
A tênue linha entre a ficção e a verdade.
Que estória complicadinha. Acho que o problema é a tradução. Esta língua é muito difícil. Eu tinha uma amiguinha no colégio que com certeza diria que era uma tradução ordinária. Mas pegando um bom tradutor, deve ficar uma estória bem boazinha. Do jeito que tá eu não entendi nadinha.
Seria um "Oliver Twist" de tamancos de madeira?
Tu sabes que eu gosto de um bom drama...
Nossa!!!Sua produção de blogueiro continua se aprimorando.
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