terça-feira, 13 de maio de 2008

Voltar para o ninho.

Dubonnet 1938 Hispano-Suiza

Além das vantagens emocionais de estar filho, o retorno aos pagos tem outros benefícios incalculáveis. A busca da fonte de sapiência materna é uma delas. Com isso volto engrandecido por questões culturais, nem sempre novas mas com uma aplicabilidade inquestionável. Onde mais eu escutaria pérolas como estas:

- o restaurante Calamares ficava vis-avis com a casa da Sofia (a relação vis-avis é muito mais específica do que estar próximo, perto, ao lado. A transposição para relacionamento humano cria um patamar intermediário entre o ficar e a paixão – estar vis-a-vis denota necessidade de proximidade sem intromissão melosa),

- a faca que tu estas usando foi do avô da minha mãe (ensinando que os objetos cortantes para o pão já faziam parte da rotina na era paleozóica inferior. Somando o tempo de todos os envolvidos chegamos a períodos AC);

- o máximo que um cachorro pode fazer é morder o dono, o que caracteriza um dano físico, muito menos importante do que a dor na alma de alguém que convive com um filho drogado (referindo-se ä relação das pessoas entre si e com os animais de estimação, com vantagem nítida para os pets);

- o negócio deles estava muito próspero, até para o estrangeiro eles estavam vendendo (quem mais se refere às exportações, tão admiradas pelo nosso mandatário, como vendas ao estrangeiro, impagável).

Sem contar as inumeras estórias com escroques internacionais que dirigiam Hispano-Suiza e compareciam às festas do Porfírio Rubirosa. Uma viagem incrível.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei a sessão nostalgia! E deixei um presentinho para você no meu cantinho!!