terça-feira, 20 de maio de 2008

O encontro das vírgulas.

Na dependência da gramática elas nunca se encontram. As regras são bem claras. Neste caso não há exceção. Sem permissão para as vírgulas estarem juntas. Elas não entendem porque só para elas a proibição. Ao ponto e a vírgula é permitida a convivência. Porque elas não podem? Não deve ser uma questão homofóbica ou puritanismo. Visto que as aspas vivem juntas. Os dois pontos também. Isto sem contar as reticências, que têm liberdade para viverem em grupo, mais de duas e bem juntinhas. Diferentes dos parênteses que, apesar da duplicidade implícita, vivem separados pelas regras sociais, ou melhor, ortográficas.

O motivo dever ser operacional. Algo relacionado à função da vírgula. Responsável pela pausa breve na leitura, o encontro de vírgulas proporcionaria uma pausa mais do que breve. Algo parecido com uma pausa longa. E causaria ciúmes no ponto ou no ponto-e-vírgula. Sem contar a sensação estranha que duas vírgulas provocariam nos leitores – uma espécie de aspas decaídas.

Não definitivamente elas não foram feitas para viverem juntas. Uma pena, mas a combinação impossível.

Um comentário:

Adriana disse...

Eu como boa mãe de liora consigo pontuações impossíveis....é assim ...