A Gabriela veio à luz faz exatamente 13 dias, 20 horas e 30 minutos. Pelo menos na hora em que comecei a escrever este texto. É um bebê lindo de riso farto e bochecha redonda. A boca parece pintada de um vermelho que tenho certeza o Criador (o mais superior não o Guilherme) se esmerou tanto que dificilmente conseguirá repetir a dose. E os olhinhos então... parecem dois.... bem vou ter de confessar que não consegui vê-los abertos por tempo suficiente para desenvolver uma licença poética. Ah, sim parecem dois filtros de candura e pureza.
Nesse pouquíssimo tempo já transformou, por completo e para melhor, toda uma série de vidas. Incluindo pais, avós e avôs, demais ascendentes e uma leva de parentes em linha direta e torta fora os amigos e conhecidos. Praticamente o mundo inteiro. Esse já não é mais o mesmo há 13 dias, 20 horas e 45 minutos.
Cumprida a praxe de odes à recém vinda vamos resgatar, um pouco, aquela a quem parece reservado um digníssimo segundo plano. A ocupante da função de mãe. No desempenho das suas nobres funções cria uma cumplicidade com o do terceiro plano – a personagem descrita como pai. Este consegue complementar ou substituir a mãe em quase tudo. Acorda à noite, atende aos choros, mima, acalanta, dá banho, limpa cocô, aguarda arroto... enfim, supre quase todas as necessidades fisiológicas. Menos a função maior – a amamentação. Desta forma a exclusividade materna reduz-se a ... ser uma aleitadora. A encarregada de executar o divino ato de alimentar a prole indefesa e dependente.
E nesta tarefa superior, as preocupações simplórias e mundanas com a inteligência de mercado são substituídas pela dúvida existencial de exaurir completamente a seiva de um seio ou proporcionar a bilateralidade das tetas, a cada mamada. Qual aquele príncipe da Dinamarca, a aleitadora se corrói na dúvida e a busca pelo esclarecimento consome momentos intermináveis. Primeiro o direito, depois o esquerdo. Ou só o direito e na próxima o esquerdo. Deve-se começar de forma invertida na próxima mamada? E como, frente ao cansaço e desgaste da execução da tarefa leiteira, garantir a seqüência desejada? Com o recurso singelo da caneta marcadora de textos? Um broche migratório? Ou desenvolver um algoritmo de previsibilidade que admita, pelo menos, quatro incógnitas?
E assim passam-se os dias.
Nesse pouquíssimo tempo já transformou, por completo e para melhor, toda uma série de vidas. Incluindo pais, avós e avôs, demais ascendentes e uma leva de parentes em linha direta e torta fora os amigos e conhecidos. Praticamente o mundo inteiro. Esse já não é mais o mesmo há 13 dias, 20 horas e 45 minutos.
Cumprida a praxe de odes à recém vinda vamos resgatar, um pouco, aquela a quem parece reservado um digníssimo segundo plano. A ocupante da função de mãe. No desempenho das suas nobres funções cria uma cumplicidade com o do terceiro plano – a personagem descrita como pai. Este consegue complementar ou substituir a mãe em quase tudo. Acorda à noite, atende aos choros, mima, acalanta, dá banho, limpa cocô, aguarda arroto... enfim, supre quase todas as necessidades fisiológicas. Menos a função maior – a amamentação. Desta forma a exclusividade materna reduz-se a ... ser uma aleitadora. A encarregada de executar o divino ato de alimentar a prole indefesa e dependente.
E nesta tarefa superior, as preocupações simplórias e mundanas com a inteligência de mercado são substituídas pela dúvida existencial de exaurir completamente a seiva de um seio ou proporcionar a bilateralidade das tetas, a cada mamada. Qual aquele príncipe da Dinamarca, a aleitadora se corrói na dúvida e a busca pelo esclarecimento consome momentos intermináveis. Primeiro o direito, depois o esquerdo. Ou só o direito e na próxima o esquerdo. Deve-se começar de forma invertida na próxima mamada? E como, frente ao cansaço e desgaste da execução da tarefa leiteira, garantir a seqüência desejada? Com o recurso singelo da caneta marcadora de textos? Um broche migratório? Ou desenvolver um algoritmo de previsibilidade que admita, pelo menos, quatro incógnitas?
E assim passam-se os dias.
3 comentários:
Devo dizer que o apoio noturno, por enquanto, está por conta da avó residente, que junto com a mãe, cuida para que a pequena princesa não fique muito desconfortável nessas noites de choro.
Fora isso, o restante eu assino embaixo sim, com orgulho :) Mas sempre com a deferência à mamãe real para que possa exercer sua opção preferencial de executar tais atividades. Enquanto ela não reivindica estes nobres papéis para si, o papai faz tudo para ajudá-la a tentar umas horinhas de sono nos (curtos) intervalos entre um famoso aleitamento e outro. ;)
E cosi la nave va... babando na cria :P
Amei o broche migratório.
Felicidades a ela ,e com certeza agora o sol brilha diferente neste lar.
E venhamos ela não quis abrir os olhinhos para se fazer de charmosa e dar aquela "elam" (,é isto que se falava não é?)
Parabéns aos pais...e ao amigo também.
Um bebé é uma benção numa casa...ilumina-a com a sua presença.
As horas das mamadas seguem-se umas às outras sem parança e o dormir vai ficando em falta... Ainda bem que o papai tenta arranjar-lhe umas horinhas de sono.
Tudo de bom para a bebézinha.
Abraço amigo,Odilon.
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