Os amigos já devem ter percebido que o audaz escrevinhador deste espaço teve uma baita crise literária. Todos os motivos foram amplamente tratados com o analista e não farão parte do escopo de queixas e lamentos. Apenas um merece ser dividido – a falta de temática.
Neste período lúgubre e pesaroso passei por diversas fases. Na primeira, enveredei por soluções externas, pela busca incessante de personagens inspiradores. Como um Pirandello na menos um, o pretenso autor invadia os espaços alheios em busca deles. O mínimo aceitável, para manter o patamar da teatralidade, seriam seis. Um autor à procura de seis personagens – a completa reversão dos papéis. O fundo do poço literário. Permitir a dominação da ficção pelo real. A desconstrução racional do pragmatismo. Para, para! Chega de palavras bonitas e vamos para outra fase.
Depois, completamente vazio de inspiração e com a mente em outras paragens tive de optar por um tratamento de choque. Um verdadeiro joelhaço no âmago criativo. Despi-me do manto sagrado de autor consagrado e apenas com tonel e lanterna parti em busca do desejado. Nem pensar em procurar homens virtuosos, pois se eles já eram raros na época de Diógenes imaginem nos dias de hoje. E ainda mais no nosso país. Só faltava procurá-los na capital. Daí sim passaria o resto dos meus dias no tonel, isso se ele e a lanterna não fossem envolvidos em alguma falcatrua das boas. Resumindo, não encontrei temática e nem homem virtuoso. Restava-me a desilusão do recomeçar.
Antes de partir para uma nova fria, reconheci que as soluções externas ou internas não deram resultado. Estaria eu definitivamente fadado a ser um blogueiro secundário, nesta constelação de astros de primeira grandeza? Um mero destematizado? Como sair desta enrascada? Valeria à pena a invocação dos astros ou apelos celestiais?
Nada disso a solução estava bem ali, debaixo do meu nariz. Invoco a primeira emenda da Constituição Americana para permanecer sem temática. Lá está, com todas as letras e palavras, o impedimento legal para a limitação da liberdade de expressão. E, na minha sábia interpretação a escolha de uma temática nada mais é que uma reles forma de cercear este direito natural.
Abaixo a escolha temática!
Bem, este lero-lero é uma forma delicada (que bela palavra) de informar aos afortunados amigos e leitores que a condição de falta de diretriz permanecerá. Pelo menos até decisões em contrário (leia-se nova crise).
Não custa nada ocultar a falta de foco sob a égide da liberdade criativa.
Neste período lúgubre e pesaroso passei por diversas fases. Na primeira, enveredei por soluções externas, pela busca incessante de personagens inspiradores. Como um Pirandello na menos um, o pretenso autor invadia os espaços alheios em busca deles. O mínimo aceitável, para manter o patamar da teatralidade, seriam seis. Um autor à procura de seis personagens – a completa reversão dos papéis. O fundo do poço literário. Permitir a dominação da ficção pelo real. A desconstrução racional do pragmatismo. Para, para! Chega de palavras bonitas e vamos para outra fase.
Depois, completamente vazio de inspiração e com a mente em outras paragens tive de optar por um tratamento de choque. Um verdadeiro joelhaço no âmago criativo. Despi-me do manto sagrado de autor consagrado e apenas com tonel e lanterna parti em busca do desejado. Nem pensar em procurar homens virtuosos, pois se eles já eram raros na época de Diógenes imaginem nos dias de hoje. E ainda mais no nosso país. Só faltava procurá-los na capital. Daí sim passaria o resto dos meus dias no tonel, isso se ele e a lanterna não fossem envolvidos em alguma falcatrua das boas. Resumindo, não encontrei temática e nem homem virtuoso. Restava-me a desilusão do recomeçar.
Antes de partir para uma nova fria, reconheci que as soluções externas ou internas não deram resultado. Estaria eu definitivamente fadado a ser um blogueiro secundário, nesta constelação de astros de primeira grandeza? Um mero destematizado? Como sair desta enrascada? Valeria à pena a invocação dos astros ou apelos celestiais?
Nada disso a solução estava bem ali, debaixo do meu nariz. Invoco a primeira emenda da Constituição Americana para permanecer sem temática. Lá está, com todas as letras e palavras, o impedimento legal para a limitação da liberdade de expressão. E, na minha sábia interpretação a escolha de uma temática nada mais é que uma reles forma de cercear este direito natural.
Abaixo a escolha temática!
Bem, este lero-lero é uma forma delicada (que bela palavra) de informar aos afortunados amigos e leitores que a condição de falta de diretriz permanecerá. Pelo menos até decisões em contrário (leia-se nova crise).
Não custa nada ocultar a falta de foco sob a égide da liberdade criativa.
5 comentários:
Mas eu sempre achei que essa liberdade tivesse sempre sido uma premissa uai!
Essa que é a graça deste pedaço - cada dia uma novidade!
querido,
adorei a visitinha no blog... venha mais vezes ;)
pode deixar que estimularei isso com fotinhos da Isabela.
beijao
E bota baita nisso! Que crise é essa? Eu acho que a Adriana tem razão, esta passando da hora de dar um tempo em outros ares. Ou pelo menos começar a pensar nisso.
As crises não devem ser curadas no analista,deixamos lá nosso suado dinheirinho e descobrimos que se tivessemos viajado, valeria mais a pena.Você não pode deixar que crises"infames"atrapalhem a criação literária.Ou será os gênios são assim mesmos?Em caso de qualquer dúvida,veja postagem antiga dos Três Marias,quando já marcamos o lugar de sua "noite de autográfos".Não deixe seus leitores fiéis,a "ver navios"
Estendo até ti a emoção que, ainda hoje, provoca em mim a recordação dos dias em que Abril floriu em esperança.
A Liberdade não tem fronteiras e atravessa todos os oceanos.
Obrigada pela tua visita. Tinha saudades de te ver lá na minha encosta.
Um abraço.
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