sábado, 22 de novembro de 2008

Ser mãe é....


Como a língua portuguesa é muito rica, às vezes existe uma dificuldade em conceituar adequadamente as atividades desenvolvidas em território nacional. Desta forma não compreendi bem se o curso de hoje foi para gestantes, de gestantes, por gestantes, com gestantes ou apesar de gestantes.

E sim, fiquei interessado em saber se a amiga grávida aprendeu a ser gestante. Afinal para que serve um curso, no final da gestação, senão para ensinar o que não fazer na próxima.... Não creio que o casal vá parar na Gabriela. E como a única forma conhecida de novamente gerar um serzinho é ficar gestante, espero que tenha servido para alguma coisa.

A futura parturiente sabe que no meu conceito todas as mulheres, independente da intenção, desejo ou necessidade de passarem por este período deveriam fazer não um, mas vários cursos destes. Começando logo depois da menarca – ou um pouco antes quem sabe. O próximo ao primeiro sinal de compromisso sério com qualquer moço apresentável que lembre de longe a figura de um bom pai. Em seqüência, na época de noivado (que termo mais antigo), ou melhor, ao invés do noivado. Sugiro uma grande reunião familiar, para falar sobre gestação and beyond it... Afinal este deve ser um assunto de família.

Imaginem todos os membros interessados: os noivos, os pais, o irmão mais jovem que, por enquanto, só pensa naquilo com a nova namorada, a avó meio surda que não entende porque uma reunião para discutir sobre “gastação” se nem começaram os preparativos para as festas, até aquela tia solteirona do interior que adora perguntar quando os pombinhos vão casar e ter bebês. O mais interessante do curso serão as dramatizações e performances, não obrigatoriamente realizadas somente pelos noivos. Proponho que a tia treine a respiração cachorrinho da hora do parto e o irmãozinho de o primeiro banho no nenê – com certeza ele vai ter motivos mais palpáveis para se preocupar com a situação de lidar com uma coisa molinha.

Finalmente os cursos de reciclagem pré-nupcial e a cada dois anos depois do casamento. Com direito a diploma e reconhecimento pelo Ministério da Educação. Afinal estamos na Era do Conhecimento. Nada como uma boa overdose de informações para conscientizar casais sobre a missão, visão e valores da gestação. Mesmo que ela ocorra no oitavo mês da dita cuja.


PS: e sem imaginar que a ocorrência de uma gestação elimine a necessidade da continuidade dos cursos de reciclagem. Afinal gravidez não é vacina. Não fornece proteção para a próxima gestação. E tome curso.

5 comentários:

Adriana disse...

Ser mãe não é padecer no paraíso,mas acertar sozinha na loteria.

É dificil cursos ajudarem na vida prática,continuo achando que o mais fácil era se todos os bebes vissem com manual de instrução.

Fay van Gelder disse...

Faço minhas as palavras da Adriana :)

Bjo

Nanda Nascimento disse...

Olha quem está de volta...

Saudades de ti meu amigo.

Beijos e flores!!!

Ana disse...

Por muito interessante que seja o curso... o melhor mesmo é depois da formatura :-)

Gostei de te voltar a ler, amigo Odilon.

andorinha disse...

Gostei dessa... gravidez não é vacina :-)
Um texto escrito com a ironia habitual que me fez sorrir.
Um bj.