sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O XIS da questão.



Aqui por engano. Vá para o lugar certo.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Todo o cuidado é pouco.

Diferenças de volume, entre os componentes de um casal, sempre suscitaram situações peculiares. Uma boa parte delas relacionadas às especulações sobre formas, posições e aperfeiçoamentos necessários ou simplesmente decorrentes dos atos libidinosos praticados pelos envolvidos. Em pares formados por um ele avantajado/ela delgada ou na sua contrapartida complementar e biunívoca, as modalidades de viver perigosamente aguçam a curiosidade alheia.

Outra fonte de preocupação relaciona-se com o comando ou controle das atividades do casal, assumindo que o ser volumoso possa usar e abusar da sua suposta vantagem impondo uma relação de dependência, sob a ameaça de despertar a fúria de um “quase” Titan. Como diz o ditado – “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Entretanto, mesmo nos mais oníricos devaneios ninguém imaginaria uma situação semelhante à divulgada no portal Terra, hoje.

Condenada mulher de 136 kg que matou namorado ao sentar nele, esta é a notícia. Não consigo e nem pretendo imaginar, muito menos descrever a cena. Pobre rapaz, que fim lamentável. Apesar da seriedade do fato, não pude evitar. Imediatamente o que me veio a mente foi a situação constrangedora do promotor na apresentação, ao júri, da arma do crime. E o atestado de óbito então, uma verdadeira peça non-sense.

Como ela foi condenada a três anos de liberdade condicional (confesso que não entendi a descrição desta pena – isto significa que ela será obrigada a cumprir três anos em liberdade e depois é que vai presa, pelo resto da vida) é provável que a esta hora a arma do crime já esteja em circulação. Da próxima vez pense duas vezes antes de aceitar o convite amável daquela colega um pouco mais opulenta. Vai que vire namoro. Esta situação pode começar a ocorrer em abundância. Todo cuidado é pouco.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Capitão gancho.

Alguns devem estar pensando: agora ele endoidou, de vez. Ora onde já se viu escrever sobre personagem infantil. Ainda mais vilão. Logo no segundo post de retorno brindar o público com a narrativa de malvadezas, vilanias, baixarias, mesquinhez e outros que tais. Já não bastassem os fatos corriqueiros, teremos de assistir de camarote a contaminação deste espaço ainda não conspurcado pelo mal. Um dos raros oásis de honestidade, autenticidade e virtudes. Xô, capitão gancho.

Encerrada a sessão de loas, explico-me. Não vou nem sequer fazer referências ao bandido. Pelo menos não àquele bandido. Os das estórias infantis. Vou, sim, adonar-me da denominação. Sem a parte ruim da personagem. Apenas a nomenclatura. Depois deste breve (digamos assim) afastamento, eu tenho de reconhecer que eu sempre tive tendências de ser um capitão gancho. Aos intrigados, a explicação. Na linguagem jornalística gancho é um motivo que proporciona ou justifica a publicação de uma matéria. Coloquialmente também usamos o gancho para falar de algum assunto ou lembrar-nos de algo.

Os que me acompanham desde o antes lembram que a maioria das publicações era estimulada por um gancho. Um poema publicado na Encosta do Mar ou no Mar me quer. Reflexões da Lele ou da Chrises. As criações não culinárias da Adriana. Até as lembranças, quase medievais, do Chili verde e do Musikal. Sim, eu abusava do aproveitamento de ganchos e assim produzia os meus escritos. Rarefeitas as minhas visitas, e algumas vezes as fontes também, os ganchos minguaram. E a mingua contribuiu para a manutenção do afastamento.

Mas agora, respeitável público, o capitão gancho promete um grande retorno.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Prosa dura e tico-tico.

Não sei por que paro de escrever. Faz uma falta imensa. Perco muito com isto. Mas nem sempre apenas a constatação ou o sentimento desta perda são suficientes para colocarem as escritas nos eixos. Principalmente quando o tipo e teor da escrita são substituídos.

Nesta minha ausência não deixei formalmente de escrever. Mudei de foco. Por opção me dediquei a escrever sobre assuntos diferentes dos tratados aqui. De uma forma particularmente interessante tive de reaprender a escrever. Alfabetizar-me em linguagens editoriais bem distintas da informalidade do meu espaço. Acho que de certa forma me saí bem. Escrevo entrevistas ping-pong, reportagens e até press releases. Todos ainda sofríveis, mas já com cara daquilo que deveriam ser. Se tivessem a oportunidade, tenho certeza que os meus leitores reconheceriam que a entrevista é uma entrevista e que a reportagem lembra uma reportagem. E persisti na atividade de escrevinhador científico. Ora como autor, ora como "corrigidor" de textos alheios. Deste modo a produção, neste ínterim, não foi desprezível. Apenas um pouco desfocada do habitual.

É chegado o dia da remissão. Cansei da prosa dura e do estilo tico-tico. Quero voltar a escrever parágrafos longos, recheados de devaneios, com duplos e triplos sentidos. Sentir o regozijo na abundância dos pontos-e-vírgulas, das interrogações sem repostas, das longas reticências ....... Preciso me livrar das amarras da formação sintática ordinária do fato-a-ser-descrito-como-ele-é. Anseio por interpretar, criar, dar asas a imaginação e voar. De volta pra cá.

PS: a quem se interessar pela definição do estilo tico-tico e o resgate do ponto-e-vírgula, sugiro a leitura do mestre Claudio Moreno,
aqui.